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Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O Brasil precisa urgentemente de um novo "síndico"

Vejam bem:Se precisarmos chamar a polícia, temos que pensar duas vezes!Parece a hora de mudarmos o nosso síndico!Afinal, quando iremos realizar a próxima assembléia geral ordinária, para a eleição do nosso verdadeiro síndico?Em todas as assembléias que foram realizadas, o condomínio Brasil, nada fez para melhorar o seu desenvolvimento, a sua segurança e a sua preservação, confirmando que nesse grande condomínio, só se faz eleição, com o voto de “cabresto”, o que por certo, tem levado os seus moradores, ao completo abandono e descrença.Mas que absurdo!, nesse nosso prédio, que está perto de completar seiscentos anos os problemas que se apresentam em nosso dia a dia, demonstram claramente, que corremos um grande risco, o de perder o pleno poder, para garantir, a segurança das nossas fronteiras.Na década de cinqüenta, eu ainda na minha juventude, e servindo ao exército, soube de um jovem de mais ou menos 23 anos de idade, que já naquela época, mantinha um contato entre os índios e os contrabandistas americanos.Sabia-se que ele estava integrado em negócios duvidosos pela interferência de um irmão, um jovem militar da aeronáutica, no posto de cabo, que era agregado à embaixada brasileira em Washington. Diziam que por certo fazia a ponte de informações para manutenção de uma rede de contrabando internacional, em pleno crescimento.Diziam que os vizinhos do condomínio onde ele residia, assistiam a um trânsito de animais nativos da nossa fauna, como onças, preguiças, araras, jacarés,pelos corredores, quando chegavam trazidos por ele e eram confinados em seu apartamento. O tal rapaz trazia ainda artesanatos de indígenas, como arco e flechas, penachos, cachimbos e pigmentos, como também, pasmem: - o tal rapaz, que nem habilitado era para conduzir automóveis - estacionava no pátio do edifício, carros, zero quilômetro, modelo Chevrolet Impala Belair, a grande sensação automobilística do momento.Quando ouvia tais histórias, sendo brasileiro e otimista, comprometido com o serviço militar, onde prestava um estágio, como Aspirante a Oficial da reserva, convocado pelo Regimento Escola de Infantaria na Vila Militar do Rio de Janeiro ficava indignado e me vi na obrigação de interpelar pessoalmente aquele jovem, que residia próximo ao condomínio que eu residia. E então, num determinado dia, em que saia para levar meu filho de nove meses para pegar sol, minha intervenção foi precipitada para ter com ele uma conversa franca, por ter quando passava ao lado do edifício,presenciado a queda de uma onça pintada da janela do seu apartamento .Abismado com o fato e após eu ter solicitado que retirasse a onça que havia caído da janela dele e estava naquele momento sentada no corredor do prédio, o convidei para que fosse a minha casa para uma conversa.Expliquei-lhe que não estava entendendo como ele podia ter animais daquele porte dentro de um apartamento em prédio residencial , por todas as implicações sociais que acarretavam.O tal sujeito, apenas me respondeu, muito solícito, que em qualquer domingo daqueles ia aparecer lá em casa, para tomarmos juntos uma cerveja e para batermos um papo, quando aproveitaria para levar-me algumas lembranças de trocas que tinha feito com os nossos índios da Amazônia.Cumprindo o prometido, por lá apareceu , e trazia com ele coisas fabricadas pelos índios.Sorridente, iniciou um diálogo que me fez ficar boquiaberto, após me contar como obtinha dos índios os presentes.Fez uma declaração assustadora, quando lhe perguntei pelos carros licenciados guardados no pátio do prédio, e ele sem nenhum medo, foi firme na sua resposta, me dizendo que fazia troca com os americanos - eu forneço um tambor de duzentos litros mais ou menos, de uma determinada seiva que negocio com os índios, e recebo em troca um carro “zero” desse tipo.Quando lhe perguntei sobre o que faziam os americanos com aquela seiva, oriunda das nossas matas, ele disse que nada sabia a respeito, pois o irmão dele que estava a serviço na Embaixada Brasileira em Washington, é quem o havia encarregado do serviço e nunca havia esclarecido nada.Compreendi que ali havia uma rede internacional de tráfico e contrabando de drogas, já instalada em nosso país, perigosamente.O tal rapaz se dizia inocente e com o seu “trabalho”,colocava em risco todos os moradores daquele condomínio.Dizia que só voltaria a viajar para a Amazônia, após a venda dos tais carros, e que em cada viagem, ele ficava por lá normalmente um período de quatro a seis meses, quando retornava sempre para executar a venda das coisas que trazia.Esse procedimento, que se tornou uma constante na vida daquele rapaz, começou a me preocupar, e eu estava propenso a montar um determinado esquema, para liquidar com aquele negócio da China, que representava riscos e insegurança, para ele e todos os vizinhos, visto que, com certeza, colaborava para a manutenção e o crescimento de uma das pontas do futuro tráfico de drogas.Cabe salientar aqui que levei o fato ao conhecimento do meu Capitão comandante para que tomasse as providências cabíveis.Felizmente, para mim, não foi necessário, montar o tal esquema, pois ele como de costume, fez uma nova viagem e não mais regressou.Acreditou-se que deve ter sido eliminado pela própria rede de negócios ilícitos ou pela nossa polícia federal.Vejam vocês, vivíamos naquela época no ano de 1959.Não é fantástico?O nosso condomínio Brasil, que por estar contaminado há tanto tempo, necessita urgentemente de um pulso forte, de um novo dirigente.E ainda assim, tem brasileiro, que acredita ser o tráfico de drogas,uma coisa de vinte anos para cá.Temos ou não temos, que mudar o nosso “síndico”?E ontem na televisão assisti , que os nossos índios, estão sendo escravizados pelos atuais traficantes de drogas, que ainda os obrigam a plantar maconha para eles!Aí então, posso com certeza afirmar, que o bom governo, é e será sempre aquele que fará a segurança das nossas fronteiras, até hoje, nunca protegidas....

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