Lendo e ouvindo a música


Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Não vamos usar a nossa preguiça

Com a nossa juventude, a nossa moderna forma de vida e a nossa esperança de uma solução preguiçosa, vivemos totalmente voltados para a informática.O assunto hoje são os grandes inventos,pois só esperamos que o milagroso computador, nos entregue de “mão beijada”, uma solução rápida e eficiente, para qualquer dos nossos problemas, sejam eles, ligados à cultura, à ciência, à saúde e a tecnologia.Ledo engano meus amigos. Temos que olhar o computador como uma excelente ferramenta de trabalho, mas nunca admiti-lo como solução para os nossos afazeres. Ainda encontramos alguns fanáticos, desta nova ciência, que por preguicite aguda, andam afirmando, que inclusive os livros irão desaparecer. Não creio, pois se assim fosse, o teatro já teria desaparecido há mais de cinquenta anos com o advento da televisão. Devemos acreditar, sim, que a informática, será um meio para o progresso do mundo no novo milênio, mas nunca será um fim, para êste mesmo mundo. Pensemos que as diferentes coisas que acontecem com o nosso corpo, jamais serão resolvidas por um computador e por mais avançado que ele seja, seria o cúmulo, imaginarmos, que as pessoas poderiam se programar, para fazer “xixi” pelo excel, ou para acordar de duas em duas horas, durante a madrugada pelo “word” .Pensemos sim, que temos a nossa individualidade e criatividade próprias do ser humano, e que deveremos sempre idealizar o que será dela, se estivermos fabricando processos que a levarão a estagnação.Este século, que terminamos, foi por demais produtivo a nós, seres humanos. Ele confirmou todos os temas dos filmes de “flash Gordon”, a criatividade do homem, construiu os foguetes, as aeronaves, os controles remotos, a bomba atômica, a viagem à lua, a globalização, a vigilância via satélites e o conhecimento do mundo exterior, mas em compensação, foi dado ao homem, novos desafios de vida. Tudo, para compensar as grandes descobertas, os grandes avanços tecnológicos, para fazer com que o homem, cada vez se especialize, mais e mais, para buscar, a cura do câncer, da aids, de outros males, enfim...Pela minha visão, acredito que o advento da informática, deveria ter sido bloqueado por Deus, quando ainda estava sendo pesquisado. A Segunda geração dos computadores , a meu ver, já era alta tecnologia, não bloqueando as funções humanas. Aquela em que o homem, era obrigado a pensar para processar os dados e para instalar um programa na UCP, do antigo computador, todo idealizado por ele, o antigo programador de computador, hoje desaparecido e sepultado, pelos programas previamente criados.Estamos numa nova fase, aquela tão esperada pelo ser humano, que abusando da ciência, pedirá ao computador para resolver quase tudo da sua vida. A falta de imaginação lhe dará a ilusão, de que estará resolvendo tudo, sem sair da cama. Mas para onde estaremos caminhando? Na verdade, estaremos caminhando, para repousarmos lado a lado da dona preguiça e os homens do futuro, irão pesar no mínimo quinhentos quilos e perderão a sua individualidade e a sua mobilidade. Na sua carteira de identidade, deverá constar em qual linguagem de computador, a sua mente estará catalogada e vocês já poderão imaginar que tremenda confusão.Os jovens de hoje então, vão ficar impedidos de saborear um café da manhã, preparado com a tecnologia do sentimento e não da máquina. Teremos todos que arquivar os sentimentos em um disquete, ou anualmente teremos que adquirir um novo programa de vida.Chegaremos, então, a conclusão, de que o computador, não é tão inteligente assim, mas será, por certo, uma ferramenta muito útil, quando estiver ligado ao nosso próprio corpo, e em defesa da nossa saúde, nos oferecendo todas as vantagens, para o nosso novo desempenho de vida, seja ele físico, mental, ou emocional. Aí sim, iremos afirmar, ele será sempre uma excelente ferramenta de trabalho, e de vida, mas fiquem certos, que nunca irá substituir a nossa criatividade, nunca deveremos ser um engenheiro de obras feitas!

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