Lendo e ouvindo a música


Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

sábado, 19 de dezembro de 2009

O Brasil precisa urgentemente de um novo síndico !

Vejam bem:Se precisarmos chamar a polícia, temos que pensar duas vezes!Parece a hora de mudarmos o nosso síndico!Afinal, quando iremos realizar a próxima assembléia geral ordinária, para a eleição do nosso verdadeiro síndico?Em todas as assembléias que foram realizadas, o condomínio Brasil, nada fez para melhorar o seu desenvolvimento, a sua segurança e a sua preservação, confirmando que nesse grande condomínio, só se faz eleição, com o voto de “cabresto”, o que por certo, tem levado os seus moradores, ao completo abandono e descrença.Mas que absurdo!, nesse nosso prédio, que está perto de completar seiscentos anos os problemas que se apresentam em nosso dia a dia, demonstram claramente, que corremos um grande risco, o de perder o pleno poder, para garantir, a segurança das nossas fronteiras.Na década de cinqüenta, eu ainda na minha juventude, e servindo ao exército, soube de um jovem de mais ou menos 23 anos de idade, que já naquela época, mantinha um contato entre os índios e os contrabandistas americanos.Sabia-se que ele estava integrado em negócios duvidosos pela interferência de um irmão, um jovem militar da aeronáutica, no posto de cabo, que era agregado à embaixada brasileira em Washington. Diziam que por certo fazia a ponte de informações para manutenção de uma rede de contrabando internacional, em pleno crescimento.Diziam que os vizinhos do condomínio onde ele residia, assistiam a um trânsito de animais nativos da nossa fauna, como onças, preguiças, araras, jacarés,pelos corredores, quando chegavam trazidos por ele e eram confinados em seu apartamento. O tal rapaz trazia ainda artesanatos de indígenas, como arco e flechas, penachos, cachimbos e pigmentos, como também, pasmem: - o tal rapaz, que nem habilitado era para conduzir automóveis - estacionava no pátio do edifício, carros, zero quilômetro, modelo Chevrolet Impala Belair, a grande sensação automobilística do momento.Quando ouvia tais histórias, sendo brasileiro e otimista, comprometido com o serviço militar, onde prestava um estágio, como Aspirante a Oficial da reserva, convocado pelo Regimento Escola de Infantaria na Vila Militar do Rio de Janeiro ficava indignado e me vi na obrigação de interpelar pessoalmente aquele jovem, que residia próximo ao condomínio que eu residia. E então, num determinado dia, em que saia para levar meu filho de nove meses para pegar sol, minha intervenção foi precipitada para ter com ele uma conversa franca, por ter quando passava ao lado do edifício,presenciado a queda de uma onça pintada da janela do seu apartamento .Abismado com o fato e após eu ter solicitado que retirasse a onça que havia caído da janela dele e estava naquele momento sentada no corredor do prédio, o convidei para que fosse a minha casa para uma conversa.Expliquei-lhe que não estava entendendo como ele podia ter animais daquele porte dentro de um apartamento em prédio residencial , por todas as implicações sociais que acarretavam.O tal sujeito, apenas me respondeu, muito solícito, que em qualquer domingo daqueles ia aparecer lá em casa, para tomarmos juntos uma cerveja e para batermos um papo, quando aproveitaria para levar-me algumas lembranças de trocas que tinha feito com os nossos índios da Amazônia.Cumprindo o prometido, por lá apareceu , e trazia com ele coisas fabricadas pelos índios.Sorridente, iniciou um diálogo que me fez ficar boquiaberto, após me contar como obtinha dos índios os presentes.Fez uma declaração assustadora, quando lhe perguntei pelos carros licenciados guardados no pátio do prédio, e ele sem nenhum medo, foi firme na sua resposta, me dizendo que fazia troca com os americanos - eu forneço um tambor de duzentos litros mais ou menos, de uma determinada seiva que negocio com os índios, e recebo em troca um carro “zero” desse tipo.Quando lhe perguntei sobre o que faziam os americanos com aquela seiva, oriunda das nossas matas, ele disse que nada sabia a respeito, pois o irmão dele que estava a serviço na Embaixada Brasileira em Washington, é quem o havia encarregado do serviço e nunca havia esclarecido nada.Compreendi que ali havia uma rede internacional de tráfico e contrabando de drogas, já instalada em nosso país, perigosamente.O tal rapaz se dizia inocente e com o seu “trabalho”,colocava em risco todos os moradores daquele condomínio.Dizia que só voltaria a viajar para a Amazônia, após a venda dos tais carros, e que em cada viagem, ele ficava por lá normalmente um período de quatro a seis meses, quando retornava sempre para executar a venda das coisas que trazia.Esse procedimento, que se tornou uma constante na vida daquele rapaz, começou a me preocupar, e eu estava propenso a montar um determinado esquema, para liquidar com aquele negócio da China, que representava riscos e insegurança, para ele e todos os vizinhos, visto que, com certeza, colaborava para a manutenção e o crescimento de uma das pontas do futuro tráfico de drogas.Cabe salientar aqui que levei o fato ao conhecimento do meu Capitão comandante para que tomasse as providências cabíveis.Felizmente, para mim, não foi necessário, montar o tal esquema, pois ele como de costume, fez uma nova viagem e não mais regressou.Acreditou-se que deve ter sido eliminado pela própria rede de negócios ilícitos ou pela nossa polícia federal.Vejam vocês, vivíamos naquela época no ano de 1959.Não é fantástico?O nosso condomínio Brasil, que por estar contaminado há tanto tempo, necessita urgentemente de um pulso forte, de um novo dirigente.E ainda assim, tem brasileiro, que acredita ser o tráfico de drogas,uma coisa de vinte anos para cá.Temos ou não temos, que mudar o nosso “síndico”?E ontem na televisão assisti , que os nossos índios, estão sendo escravizados pelos atuais traficantes de drogas, que ainda os obrigam a plantar maconha para eles!Aí então, posso com certeza afirmar, que o bom governo, é e será sempre aquele que fará a segurança das nossas fronteiras, até hoje, nunca protegidas....

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

E nós, nos interessamos pelo tempo?

Já estamos em 2009 e lá já se foram onze meses. Já temos todo o aprendizado de um milênio vencido, e ainda assim, carregamos em nossos ombros o peso de uma incerteza, que pela influência de uma coisa chamada memória, nos leva sempre, a descrer do dia de amanhã. Estou cansado de ouvir as pessoas dizerem que esse nosso país não tem memória. Eu vou mais além e afirmo que o Universo não tem nenhum registro detalhado, e por conseguinte, nunca teve memória. Se por acaso, por obra do destino, o Diário de vida do Adão ou as memórias da vida de Eva fossem encontrados, talvez a gente pudesse descobrir muitas coisas. Mas ainda assim, nada poderíamos garantir e nunca saberíamos se todas as coisas escritas lá, seriam o espelho da verdade da vida do homem da terra. Qual teria sido exatamente a causa da rixa, entre Caim e Abel? Se naquela época, não existiam as bebidas, o fumo, a música, a dança, a droga, e o jogo, e seu consumo exagerado dos dias de hoje? E o que, realmente, teria levado os dois a se defrontarem, para um desfecho tão sério, na realização do primeiro crime que se teve noticia na terra ? Por analogia, na eliminação de motivos, chegamos a conclusão de que as roupas eram de folhagem, a casa era de pedra, o alimento eram as raízes, o relógio era o próprio sol, e pelo visto, só nos resta pensar, que o único motivo daquela tremenda rixa, só poderia estar ligado às coisas do “sexo”. E por que seriam exatamente esses, os principais motivos dessa primeira rixa, entre os primeiros seres humanos do planeta? Vá lá, que a Eva, como toda boa mãe, e muito mais preocupada em garantir a hombridade dos seus filhos, resolveu ensinar aos dois, que eles eram do mesmo sexo, e irmãos , e que, sendo assim, nunca deveriam transar. Pior foi a emenda, do que o soneto! A Igreja conta que a Eva foi concebida por uma costela do Adão, mas não conta mais nada na frente, e assim, já coloca em dúvida, que por certo apareceria um segundo, e quem sabe talvez, até um terceiro sexo. E aonde se instalaria esse terceiro sexo, e sem nenhum comentário, eu admito que isso deve ter sido problemático para Eva. Será que o nosso Criador, não poderia ter sido mais legal e ter dado vida, a um segundo casal? Pois só assim, teria descomplicado a vida da primeira mulher, a pobre Eva, responsável pela primeira família cristã do mundo. Mas hoje, o mundo está cercado de infinitos interesses, o mundo é hoje exatamente uma mescla de vários tipos de raça e pensamentos, que na realidade, buscam se firmar em novas conquistas, fazendo do homem um ser, extremamente complicado. O tempo fez mudar toda a humanidade, e fez de nós, um ser extremamente atento às horas. Mas com certeza, a corrida pela vida, vai fazendo o homem simplificar as suas idéias. Mas a grande proteção da humanidade foi o presente que Deus deu ao homem, a racionalidade e a inteligência de poder criar. Assim, o homem dividiu a vida em séculos, transformou os séculos em décadas, a década em anos e os anos em meses. Transformando os meses em dias, dividiu os dias em horas, subdividiu as horas em minutos e finalmente observou que criando os segundos, fatalmente condenaria esse homem, a ser responsável pelas maiores tragédias em nossa humanidade. Em compensação, obrigou ao homem a se a adaptar aos lampejos, pois tudo que de ruim ou de muito bom que acontece hoje, acontece em frações de segundos. O passo do segundo das horas, corresponde exatamente, ao batimento dos nossos corações, e assim sendo, a vida foi transformada em emoção e a cada vez, que alongamos qualquer ato de nossas vidas, vamos ter dificuldade de controle, pois um campo de idéias e de pensamentos úteis, não se alojam nos maiores espaços de tempo, e sim, na fração de segundos. Os segundos fiscalizam a vida do homem na terra onde se tem o resultado de cada ato humano. A Terra é o micro funil, por onde escorrem fatos e os acontecimentos da vida, portanto não podemos vacilar um segundo sequer, senão seremos esmagados, pelos minutos, horas, dias, meses e anos de nossas vidas. Façam pois, os seus registros de vida; não sejam nunca iguais a Adão ou Eva, que nunca tiveram um diário ou uma agenda e também nunca se importaram com os segundos de suas vidas, que são os nossos lampejos. Quero ser fiel ao tempo, acho que ele é o referencial mais importante da vida. Em todos os momentos que necessitamos para viver, temos sempre que incluir o fator tempo. O mais importante para o mundo atual, será valorizarmos sempre, os pequenos espaços, e acostumarmos a nossa mente, a se programar para atuar em frações de segundos, pois só elas, irão garantir que estaremos integrados, no novo conceito de viver, o raciocinar em tempo de máquina! E por isto hoje, estamos nos incluindo numa nova escravidão, a chamada Globalização, que vem exatamente super valorizar os segundos de vida que temos, e para isto já temos o nosso novo Adão, o fantástico Bill Gates! Que por certo obriga ao Mundo, a fazer seus registros, em micro impulsos eletrônicos.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Uma decisão importante, inevitável e inadiável !

Era um dia normal de trabalho e eu fazia o que gostava.Era o Chefe de Planejamento e Controle de Produção, na Indústria Química e Farmacêutica e naquele momento, havia substituído um funcionário de propriedade única.Na empresa onde eu estava, ele havia se instalado, há dezesseis anos, num dos maiores e melhores processos de controle e de elaboração de um custo industrial indiscutivelmente seguro pela sua imposição, que exigia que não se errasse de forma alguma em seu funcionamento, e que levaria a indústria a ser planejada sem erros na sua produtividade, por anos e anos seguidos, sem nenhuma duvida de que poderia falhar no seu planejamento industrial, fosse ele de curto ou de longo prazo.Iinfelizmente, a empresa havia perdido este excelente funcionário, pois ele tinha passado a pensar num novo e importante trabalho, a convite de um consultor de grande conhecimento no mercado, que lhe fez aceitar um desafio junto a Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais. Seria inevitável a sua saída da empresa onde junto trabalhávamos e por admirá-lo e pela observação que eu fazia àquela figura tão rara no meu caminho profissional, procurei seguir os seus passos e me sentir um observador de sua forma de administração.Aí então me vem o primeiro teste importante dentro de minha atuação nessa substituição, com o pessoal envolvido e no sistema funcional da área de fabricação, quando identifiquei que o chefe de operações no preparo de tônicos e fortificantes havia se aproveitado da saída do antigo chefe, e instalado um esquema que facilitaria a sua vida na questão de moradia.Ele que anteriormente residia em São João do Meriti, resolveu morar ao lado da indústria, num terreno baldio.E daí, criou para mim o meu primeiro desafio administrativo, quando eu fui chamado por um funcionário também chefe e responsável pela área de máquinas de envasamento dos remédios, que me conduziu a sala de fabricação, onde o novo funcionário se instalou e exibiu o que ele havia feito no salão de operações de enchimento dos produtos. - “gatos” nas ligações de água e de energia elétrica - , puxando essas ligações pelas janelas que conduziam a claridade necessária ao sistema de economia dessa mesma sala. Esses gatos iam direto para o “barraco” que ele havia montado no terreno baldio.Pensei como resolver o problema, pois sua atitude , contra todos os princípios da legalidade, exigia que a empresa fosse trimestralmente, visitada pelos serviços de fiscalização da medicina do nosso CRM, o Conselho Regional de Medicina. Decidi cortar as ligações e vieram as alegações de que ele tinha quatro filhos e era um pobre coitado.Retruquei que também era pai e tinha minhas obrigações na vida, o trabalho e minha carreira e que não ia me deixar levar por uma imposição de um trabalhador que, sem nenhum diálogo com a chefia, toma uma decisão desse porte, fosse qual fosse sua necessidade.Fiz então, a minha primeira intervenção, que poderia abalar o meu conceito, junto aos quatrocentos e tantos outros empregados que eram dirigidos pelo meu planejamento, mas jamais eu podia correr da raia, como se diz na gíria. Chamei o pessoal do serviço de manutenção de abastecimento de água e energia e autorizei imediatamente o corte de todo o fornecimento para o “barraco” do desafiante funcionário, que teria lançado para mim o meu primeiro grande teste de carreira profissional. Tomei tal atitude sem lhe dirigir uma palavra sequer, seguindo o seu mesmo critério de instalar tudo, sem me dizer nada, simplesmente me ignorando.Pensam vocês que o assunto morreu aí?Qual nada, ele mandou-me um aviso por outro funcionário dizendo que iria me matar naquele mesmo dia, no horário de saída. Fui alertado por vários funcionários para não sair, mas, felizmente eu não obedeci a nenhum dos conselhos e na hora da saída avisada pela sirene da indústria, me dirigi ao ponto do ônibus e lá estava postado o tal matador.Fui exatamente em sua direção e notei que, como me avisaram, ele portava na cintura um punhal. Sem demonstrar meu medo, coloquei-me ao seu lado e assim, as coisas pararam por aí.Com esse meu ato de coragem, consegui confirmar que seria o maior absurdo morrer na mão daquele “cabra da peste”, pois o nosso bom Deus assim não queria. Tenho certeza de que minha atitude o fez pensar melhor nos seus atos.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A falsa busca e apreensão de um automóvel já transferido

Decorriam os anos 80 e eu atravessava um momento difícil no campo profissional e empresarial, era o governo do Presidente Sarney.Meu filho mais velho, recentemente formado em engenharia mecânica me acendia um alerta de que eu deveria ajudar no congraçamento da sua empreitada profissional.Como eu já havia participado de três anteriores projetos de vida, nunca corri da raia e disse pra ele um sim, me fazendo um pai presente e que daria tudo para formalizar esse seu novo pedido, que me mostrava ter uma base das suas idéias, pela minha participação nos outros já acontecidos, desde seu tempo de estagiário na empresa FICAP.Quando investia nele, eu aprofundava o desejo de proteção aos dois outros filhos mais novos, que poderiam participar das coisas futuras relacionadas ao sucesso de qualquer outro empreendimento que eu fizesse junto a ele.E esta seria assim a introdução, para iniciar a historia decorrida que puxou o título dessa leitura.Inicialmente, como no momento eu precisava de um carro mais barato, pois era, possuidor de uma Elba Fiat, modelo 86 que havia sido retirada num consorcio, pensei que poderia vendê-lo e passar as prestações que estão faltando para o novo dono.E assim pensando, me dirigi a uma agência de automóveis perto de minha casa, e realizei formalmente a troca do carro por uma Brasília, ano 1981, e ainda tive um pequeno troco, que por certo me ajudaria no novo empreendimento do meu filho. Tomei os devidos cuidados de fazer um instrumento de transferência em cartório para minha segurança em dias futuros e assim esqueci o assunto.Iniciei o novo negócio do meu filho, uma empresa de Usinagem para fabricação de peças e apaguei da memória que tivesse feito um negócio perigoso com o tal comerciante.Decorrem novos dias e mais adiante, eu recebo em casa um instrumento da justiça que me diz e me avisa de que o tal carro que transferi estaria na lista de busca e apreensão, e que eu deveria devolver a empresa consorciada, que constava um atraso de pagamento de mais de seis meses nas mensalidades do consórcio.Decidi ficar tranqüilo, pois tinha em mãos um instrumento de cartório, no qual a agencia, a tal da troca pela Brasília , assumia as mensalidades, e assim, mesmo que transferisse o carro a um novo comprador, deveria comunicar ao novo proprietário a tal pendência. Fiz tentativas em vão procurando para onde teria se mudado, a tal agencia de automóveis, e nesse processo de busca, aumentava a minha dor de cabeça. Num determinado dia, mesmo com todos os documentos a meu favor,após ter sido ameaçado de prisão, o nosso bondoso Deus, colocou no meu caminho a solução de todos esses problemas. Eu me dirigia para Cascadura e a viagem era feita de ônibus. Sentado próximo à na janela, observava a av. Dom Helder Câmara, e lá na altura do bairro da Abolição, me surpreendo com o que eu vejo. Estacionado numa calçada em frente a uma churrascaria, estava o pivô de minhas preocupações - o danado do carro Elba! Para minha salvação, dei sinal de descida no ônibus e saltei no primeiro ponto. Aproximei-me de uma dupla de policiais militares e narrei a tal historia, a da busca e apreensão de que tinha sido ameaçado, e pela forma de atendimento atencioso dos policiais, fiz o convite para me acompanharem até a tal churrascaria.O pedido foi aceito e fomos até lá. Para minha surpresa, perguntamos na gerência quem seria o dono do carro estacionado na porta e nos foi mostrado o aniversariante do dia, que fornecia, na maior alegria o tal churrasco à família e aos amigos.Por incrível que pareça chegávamos na hora dos parabéns “pra você”.Olhei para os policiais e apontei o aniversariante. Eles olharam para mim e disseram - vamos lá, participar desta festa.Vocês já podem imaginar o que aconteceu. Fomos todos para a delegacia da Piedade, a 24ª.Pude então provar que o carro era meu, pois ainda estava em meu nome. O aniversariante chiou e não queria ir até o distrito policial, mas acabou se rendendo, ao pedido dos policiais, que verificaram que eu era inocente e estava coberto de razoes.Devidamente documentado e sendo ameaçado de busca e apreensão. Por isso digo e repito, acreditem sempre nas coisas de Deus, que diante de um problema tão grande me colocou naquela hora, naquele lugar.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Um mau começo

Que lindo o nosso Brasil! ... Quanta terra, quantos rios, quantas matas, quanto minério, quanta fauna, quanta flora... Esse nosso país é um Eldorado de um planeta jovem. Foi descoberto casualmente. Acho eu, que Cabral , fazia exatamente uma viagem de turismo até as Índias, e, para livrar o seu berço natal do chamado lixo humano, levava consigo, diversos indivíduos condenados pela justiça portuguesa, para o exílio em terras descobertas e não habitadas. Uma forma usual e política do reinado português. E neste caminho,implantaram-se todas as linhas de crescimento do nosso grande Brasil ! A força de braço veio da África... A força técnica da Inglaterra e da Alemanha... Da França, veio o intelecto, a moda e a leitura. Assim , ficamos dependentes de acordos comerciais e industriais, que nos dominaram até há bem pouco tempo. Faço um apelo ao nosso mundo político de hoje: -não esqueçam, por favor, que nós brasileiros, não somos mais aquele lixo humano que veio esquecido nos porões dos navios. Que nós não somos só braços, somos cabeças também, e que já temos noção exata do nosso tamanho e da nossa força e riqueza. Assistimos à colonização, ao império, à República, à ditadura de Vargas, à falsa democracia, à ditadura militar, e atualmente assistimos a ”baguncracia”. Só temos lamentos... Estamos querendo ser de primeiro mundo e esquecemos que nós somos de um mundo especial, onde temos um pouco de cada raça, um pouco de cada língua e vivemos num clima especial para vida e cultivo. Já tivemos todos os exemplos para implantarmos o novo caminho: Conhecemos 30 anos de Vargas, 5 anos de Dutra, 5 anos de Juscelino, 9 meses de Jânio, 24 anos de ditadura militar, 4 anos de Sarney, 2 anos de Collor, 3 anos de Itamar, 8 anos de Fernando Henrique e tantos mais de Lula.Somando todos esses anos, concluímos que nada mudou até agora... As afirmações continuam sendo as mesmas, a nossa moeda é fraca, a nossa produtividade é baixa, a corrupção é ativa, as nossas dívidas interna e externa são altas, o desemprego é constante, a nossa Amazônia é desprotegida, a segurança não existe, a educação e a saúde são fracas, o crime se estabelece em crescimento, a moradia é carente, a poluição aumenta, o desmatamento é criminoso, a justiça é lenta, o saneamento é falho, as medidas provisórias se firmam e se tornam definitivas...Afinal, Brasil ! Vamos ou não vamos, chegar lá? Não precisamos copiar o modelo chinês, pois não iremos construir uma muralha de pedras, mas vamos definitivamente construir uma muralha de inteligência, fazer uma divisão racional das tarefas, quem sabe retrocedermos até os tempos da colonização e iniciarmos agora, um novo ciclo cujo objetivo será o de se tornar o “celeiro do mundo ".

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Brasil tem jeito!

Quanto susto, quanta indignação, quanta descrença, mas, mesmo assim, vou continuar dizendo :o Brasil tem jeito, sim! Do meu pai, recebi conselhos importantes e assustadores,pois êle tentava me aproximar das verdades que a vida esconde . Quando ainda menino eu lhe perguntei, porque não contribuia para o INPS, êle foi claro e objetivo, respondendo: -- filho, isso aí vai ser um saco de gatos e eu não posso ser roubado, ganho muito pouco e trabalho muito, e a lei não obriga ninguém a contribuir. Hoje , decorridos tantos anos, eu descobri a verdade daquelas palavras. E mais adiante, em outra oportunidade, êle me conduziu até o Centro da Cidade, mais precisamente no Morro do Castelo, indicando uma barraca de lona cercada por uma longa fila de pessoas. Disse, então: - você esta vendo aquela barraca? Ali funciona a tenda dos sonhos, ela pertence a um chinês, êle usa droga injetável, conhecida como ópio e cobra dos menos informados, os pobres brasileiros, a quantia de cinco mil réis, pois alí, vende o vício. Tudo isso acontecia a céu aberto.Prosseguindo, ia me alertando e falava: - não aceite nada das mãos de ninguém, nem um cigarro que seja. Estes dois alertas, foram os primeiros da minha vida, um com referência a vida pública, à corrupção, e outro relativo a vida pessoal, o vício , que já se implantava no Rio de Janeiro, pela atuação daquele traficante internacional.Hoje, eu fico intranquilo com a posição das nossas autoridades, que falam de tudo isso, como se fosse um fato novo. Fraudar a previdência social é um fato novo aos olhos do noticiário de TV. O crime organizado, é oriundo do jagunço, o jagunço é obra dos antigos coronéis, os coronéis são os antigos donos de terras e engenhos, que foram nomeados na época das capitanias. As capitanias foram doações do tempo do nosso Império, portanto a quem acusar ? Só nos resta dizer que o culpado foi o nosso primeiro Imperador , o jovem mancebo português D.Pedro I ... Nos dias de hoje, não adianta ficarmos pensando em procurar um culpado, mas sim, pegarmos pela mão nossos filhos e, a exemplo de nossos pais, exibirmos diariamente para êles, onde ficam todos os locais criminosos, evitando assim ,que o nosso Imperador, forme novas capitanias e por sua vez, surjam novos coronéis para delegar poderes aos novos jagunços, que com certeza, irão sustentar para sempre, a violência que reside entre nós.Nosso país, é rico e saudavél , e posso afirmar: - é a maior Nação do mundo ! Por isso temos a obrigação de sermos o povo mais vigilante, o mais dedicado, o mais investigador. Aí, sim ! 0 Brasil terá jeito , sim ! E para sempre !