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Fofas


Desenhos de Jorge Queiroz da Silva

sábado, 30 de outubro de 2010

VOCE SABE O QUE É SUPERÁVIT PRIMÁRIO, DE QUE TANTO FALAM?


Eu garanto a vocês que já perturbei muito minha paciente mulher com esse assunto.
E também já briguei muito com esse pobre coitado “SUPERÁVIT PRIMÁRIO”.
Desde a década de setenta esse monstro aterrorizador da economia diária me assusta.
Ele é o normal dentro de um resultado de balanço econômico, que com certeza, ainda acontecerá em nossas vidas.
Diante de mim, ele sempre assim se definiu muito bem, pois ele é aquele sujeito “durango kid”.
Para representarmos muito bem esse termo, sempre muito usado pelos economistas no nosso Brasil, eu garanto e afirmo a vocês, que o superávit é simplesmente aquele momento em que nós metemos a mão no nosso bolso e verificamos que estamos sem o dinheiro necessário para fazer o pagamento da nossa conta diante do caixa do supermercado.
Mas devemos confessar que o superávit do Brasil de hoje está totalmente “maquiado”, não chegando a ser um “conto do vigário”.
Hoje, ainda não se pode fazer contas, almejando utilizar o lucro dos papéis das commodities do número de barris de petróleo extraidos do nosso pré sal, ainda inexistente, que estamos vendendo no exterior.
A meu ver, isso configura uma ação eleitoreira, pois estamos ainda dando início ao duro processamento da extração de petróleo no fundo do nosso litoral, lá nas profundas camadas do nosso pré-sal.
Somos credores desse dinheiro, sim!
E na certa, estão fazendo sòmente uma grande propaganda eleitoral.
Quero justificar aqui a minha revolta, pois sou extremamente verdadeiro e lembro bem do dia em que o grupo em que eu trabalhava e se instalava aqui no Brasil, preparou um balanço para dar garantias aos nossos Bancos, pois pelas leis do capital externo, havia sido proibido trazer dinheiro do exterior.
Dirigi-me aos Bancos levantar o dinheiro, munido de um Balanço da Empresa que já exibia em suas contas, o lançamento de um valor de ativo fixo, referente aos caríssimos maquinários que embora já instalados, ainda não estavam funcionando e que cobriam dentro do nosso superávit primário, um prejuízo de cento e setenta milhões de dólares.
Vejam então vocês que aquela figuração, embora parecesse um premeditado golpe para esconder um prejuízo, não o era, haja vista que tínhamos o resultado do equipamento já instalado.
No entanto, o produto final, o cimento a ser fabricado, só iria acontecer no ano seguinte e tivemos que provar através de documentos, que os equipamentos estavam fisicamente na fábrica.
Lembrando desse fato ocorrido na minha gestão, naquela fábrica, parabenizo o Ministro Mantega e o considero uma cabeça valiosa.
Não o considero mentiroso, apenas o classifico de muito apressado.
Só acho que esse número futuro do pré-sal, não deveria ser usado nesse momento de eleição.
(Jorge Queiroz 30/10/10)
Fonte da imagem:epocanegocios.globo.com

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